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sábado, 24 de outubro de 2009

Sindrome de Steven Johnson

A síndrome de Steven johnson é uma grave doença desordenada e sistêmica, severa, com potencial letal. Consiste em complexos imunes de hipersensibilidade mediada por uma reação alérgica grave, com uma característica que , normalmente, envolve erupção cutânea nas mucosas, e também , em menores apresentações podem ocorrer nos olhos, nariz, uretra, vagina, trato gastrointestinal, e trato respiratório, envolvendo processos de necrose no decurso da doença, onde as causas várias vezes são desconhecidas.


A Síndrome pode ser confundida com: Sarampo, Eritema multiforme,Varicela,que tem como diagnóstico diferencial o carater de lesão na pele, febre alta prolongada, a ausencia de sintomas subjetivos, e das inúmeras necroses. Apesar da Leucopenia, Steven Johnson relatou em seu primeiro estudo sobre a doença infecciosa, como sua etiologia teve causa desconhecida.

A patologia ocorre devido a uma reação alérgica a uma série de estímulos causada por muitas, drogas (ex a dipirona sódica), infecções virais, entre outras doenças malignas. A cocaína, recentemente foi acrescentada a lista de drogas capazes de produzir a síndrome, embora até a metade dos casos, a etiologia específica não foi identificada. É uma síndrome mais comum em crianças, adolescentes e jovens adultos, com predominância dos brancos de sexo masculino.

Os síntomas sistêmicos são graves, e as lesões são extensas, envolvendo várias áreas do corpo com erupções cutâneas que consiste de pápulas eritematosas, vesículas e bolhas, podendo haver também lesão da íris. A reação é facilmente observada nas mucosas bucais, e conjutivites, assim como úlceras genitais.

Estima-se que em 3 a 15 por cento dos casos serão letais. As lesões quando na forma mais branda, começam a irromper entre 2 a 3 semanas após o ínicio da reação.

Até recentemente esta doença era confundida com Eritema multiforme, agora pensa-se que Eritema multiforme é uma intidade única, e SSJ é uma forma generalizada de reação hipersensível , geralmente às drogas, na qual lesões aparecem na mucosa e na pele, com manisfestações precoses mas que pode evoluir para uma forma mais grave, que é a Necrólise Epidérmica Tóxica (NET), com elevada mortalidade e morbilidade, de até 40 por cento dos casos.

A necrólise epidérmica tóxica é uma doença cutânea potencialmente letal na qual a camada superior da pele desprende-se em camadas. Um terço dos casos de necrólise epidérmica tóxica é causado pela reação a um medicamento, mais freqüentemente a penicilina, os antibióticos contendo sulfa, os barbitúricos, os anticonvulsivantes, os antiinflamatórios não esteróides ou o alopurinol. Em outro terço dos casos, a necrólise epidérmica tóxica ocorre juntamente com uma outra doença grave, complicando o diagnóstico. No terço restante, nenhuma causa pode ser detectada.


As cicatrizes consequentes da necrose, pode levar a perda de funções orgânicas, bem como esofágica restrições que podem ocorrer quando a ampla participação do esôfago existe. Quando atinge os brônquios, pode levar a insuficiência respiratória. Também podem ser consequências causadas pela doença: cegueira, complicações renais, pulmonares, perfuração do globo ócular,hemorragia gastrointestinal, hepatite, nefrite, artralgia, artrite, febre, mialgia, entre outros.

O diagnóstico da doença , geralmente é feito até a caracterização das erupções cutâneas, que aparece após 1 a 3 semanas de exposição ao estímulo, não é possível ser diagnosticada por outro diagnóstico.

O tratamento depende da suspeita de causar precipitação, deve-se interromper o uso de medicamentos como : feniltoína, sulfas, penicilina ou anticonvulsivantes.

Um dermatologista é a mais provável para estabelecer o diagnóstico clínico, com ou sem biópsia.

Casos graves podem exigir a participação de um especialista ou necessitar de cirurgia plástica. Não existem tratamentos específicos para a doença, o uso de corticóides deve ser monitorado pois, podem elevar o índice de mortalidade causada pela pela SSJ.

DENGUE


Dengue: alguns pontos interessantes


Que a dengue é uma doença infecciosa transmitida unicamente pela picada do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus, sendo o primeiro, o vetor mais comum, você já está cansado de saber, certo? Que somente a fêmea é hematófaga, portanto, somente ela, se infectada com o arbovírus, pode transmitir tal patologia você também já sabia, né? Bem, falando dessa forma, até parece que este é um assunto do outro mundo, distante de nossa realidade, mas todos nós sabemos que não é bem assim.


Este, com certeza, é um tema um tanto quanto familiar pra muita gente, pois a todo momento, principalmente durante o verão, o que mais se assiste em telejornais ou se escuta em rádios, dentre outros meios de comunicação, são notícias sobre os vários casos de dengue que surgem todos os anos.É realmente impressionante como, apesar de tanta informação sobre as inúmeras formas de profilaxia, essa doença acontece com tanta freqüência. A verdade, é que a população sabe, mas não toma as devidas providências para evitar que esta doença seja tão presente. E então, eu sei que talvez você ache esta matéria um pouco chata, mas ainda assim, eu vou perturbar você nos próximos parágrafos com algumas coisinhas interessantes sobre este mosquitinho Aedes, que apesar de tão pequeno, é capaz de fazer estragos tão grandes.Você também terá muita informação sobre a doença em si.Vamos lá?


Primeiramente, é preciso saber identificar este mosquito em nosso meio,e isso não é tarefa muito difícil.O Aedes é semelhante ao pernilongo comum, mas tem algumas características que o diferencia como: corpo escuro e rajado de branco além do hábito de picar durante o dia. Este mosquito é originário da África Tropical e característico de países com clima tropical e úmido e foi introduzido nas Américas durante a colonização.Não é possível distinguir a sua picada da de um mosquito comum. A sensação de eventual coceira ou incômodo é semelhante à picada de qualquer outro mosquito.


Nem todo mundo que é picado pelo mosquito Aedes aegypti fica doente.É preciso que o mosquito esteja infectado com o vírus da dengue.Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para pessoas sadias, nem por objetos ou outros animais. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento, ou uso de objetos pessoais do doente de dengue.


Muitas vezes, pessoas picadas pelo mosquito Aedes aegypti infectadas, mas não apresentam sintomas. Outras apresentam sintomas brandos que podem passar despercebidos ou serem confundidos com a gripe, existindo também, aquelas que são acometidas de forma acentuada, com sintomas mais fortes.


Para a eliminação do mosquito, vale dizer que qualquer inseticida é capaz de mata-lo, porém a aplicação dos inseticidas atua somente sobre a forma adulta do mosquito, surtindo efeito momentâneo com poder residual de pouca duração.


O tratamento para a doença consiste em repouso da pessoa doente e na ingestão de bastante líquido (água, sucos naturais ou chá), evitando qualquer tipo de refrigerante ou suco artificial. Antitérmicos e analgésicos que contém em sua fórmula, ácido acetilsalicílico, como a aspirina, devem ser evitados. É importante destacar que a pessoa com dengue não pode tomar remédios à base de ácido acetilsalicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.


Não existe tratamento com vacinas para a dengue, como no caso da febre amarela (doença também transmitida pelo vetor da dengue). Isso porque a transmissão da febre amarela só é feita por um tipo de vírus, ao contrário da dengue,que possui quatro variedades de vírus conhecidamente – denominados den1, den2, den3, e den4. Os quatro tipos já foram registrados no Brasil.É válido também dizer que a imunização para um tipo não dará imunização para outro.A pessoa que já teve dengue uma vez pode ser contaminado novamente .
Alguns estudos indicam que uma pessoa doente de dengue fica imune para sempre, com relação ao sorotipo que determinou a infecção, permanecendo também, por um período de alguns meses, protegida para qualquer um dos outros sorotipos de dengue. Passado este tempo, se ela se contaminar por outro tipo de vírus diferente daquele que se contaminou antes, poderá ter comprometimento do quadro clínico e desencadear a dengue hemorrágica.


A diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica é que a clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte do doente.
As pessoas que já tiveram dengue uma vez podem desenvolver o tipo hemorrágico. Qualquer um dos 4 sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. A probabilidade de manifestações hemorrágicas é menor em pessoas infectadas pela primeira vez, portanto, pessoas que contraem dengue mais de uma vez apresentam maior chance de complicações do quadro clínico, incluindo manifestações hemorrágicas.


A dengue hemorrágica é mais perigosa porque, como o próprio nome diz, causa hemorragia e pode levar à morte.
Há três exames que podem ser utilizados para a identificação da dengue hemorrágica : a prova do laço, a contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório.Com uma borrachinha, o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele (petéquias) , que indicariam a doença. A forma mais correta de se fazer a prova do laço consiste em se aferir a pressão arterial da pessoa, fazendo-se a média entre as pressões sistólica e diastólica. Depois disso, insufla-se o manguito até o valor da média das pressões obtidas, e espera-se cinco minutos.Após este período, se aparecer abaixo do manguito mais que vinte petéquias, a prova do laço é considerada positiva para a dengue.


Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.
A dengue hemorrágica se manifesta de três a cinco dias depois da clássica. Dentre seus principais sintomas se incluem o reaparecimento da febre após ter cessado,causando suor, deixando a pele esbranquiçada e as extremidades frias. É comum dor de garganta, queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas. As hemorragias ocorrem em pequena quantidade. Quando a doença fica ainda mais grave o fígado fica mole e doloroso. As cólicas abdominais e a hemorragia aumentam, atingindo o tubo digestivo e os pulmões.


Neste caso, para o tratamento recomenda-se a aplicação de soro e plasma. Em certos casos, é necessário transfusão sanguínea. De acordo com as estatísticas, a chance de morte no caso da primeira manifestação da dengue clássica é zero. Na dengue hemorrágica a taxa é de aproximadamente 3%.


No caso da dengue clássica, que acontece de forma mais comum, os principais sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas articulações, músculos e muito cansaço. Também é comum náuseas, falta de apetite, dor abdominal, podendo até ocorrer diarréia e vermelhidão na pele.Normalmente os sintomas aparecem de três a quinze dias após a picada do mosquito infectado, sendo que pode ocorrer de a pessoa estar com a doença e apresentar apenas alguns dos sintomas.Pode, por exemplo, não ter febre. A intensidade dos sintomas varia muito de pessoa para pessoa, e, como já foi dito anteriormente, a pessoa pode confundir a dengue com uma gripe forte.


Para saber a diferença com maior certeza,a melhor forma é procurando um médico e eventualmente realizando exames.É importante que se saiba também que quem já teve dengue não fica com nenhuma complicação por causa da doença. A recuperação costuma ser total.
É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo, mas esse tempo de cura para dengue pode variar.A febre costuma durar de três a oito dias e pode causar pequenas bolhas vermelhas em algumas regiões do corpo, como pés, pernas e axilas. Na maioria das vezes, o doente demora uma semana para ficar bom. Porém, o cansaço e a falta de apetite podem demorar até quinze dias para sumir. A recuperação costuma ser total.Nas crianças pequenas e bebês, a doença assemelha-se mais a uma infecção viral inespecífica, sendo que os sintomas mais freqüentes são: febre, vômito e nas que já falam, a dor abdominal. A prostração é menos intensa. Deve-se procurar um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas.


Como forma de precaução com o mosquito, com certeza é válida aquela velha história de não deixar água parada em pneus, vidros e garrafas, pois a água acumulada é muito perigosa pelo fato de a fêmea depositar seus ovos em locais assim.
Se não estiver recebendo o tratamento adequado com aplicação de cloro em quantidade correta, a água de piscinas constitui uma ameaça.Torna-se um verdadeiro criadouro de mosquitos.
Também não adianta somente tirar a água dos pratinhos que ficam sob os vasos. Pois os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas laterais externas dos vasos. O ideal, é optar por pratos que fiquem bem justos ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de possíveis ovos.


Mesmo ressecados, os ovos são perigosos. Eles podem sobreviver até um ano sem água e, se neste período entrar em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça.
Em relação ao uso de repelentes, pode-se dizer que eles possuem ação limitada e não eliminam o mosquito, apenas o mantém distante.
A solução de água sanitária com água limpa nas plantas também não é eficiente.É necessário substituir bromélias e outras plantas que acumulem água por aquelas que não acumulem água em suas folhas.


A eficácia da borra de café na dosagem de duas colheres de sopa para meio copo na água(das plantas) e sobre a terra não foi comprovada no combate ao aedes e a sua utilização não simplifica os cuidados atualmente recomendados que são: a eliminação dos pratos ou a utilização de pratos justos aos vasos, a colocação de areia até as bordas dos pratos ou eliminar a água e lavar os pratos com bucha e sabão semanalmente.
Mosquitos podem ser transportados em carros, aviões ou navios, desde que haja condições adequadas no meio de transporte.
Eles sobreviveriam perfeitamente numa viagem dessas cerca de 10 ou 12 horas nas condições ideais.


O Aedes costuma circular num raio de 50 a 100 metros de distância do local de nascimento.
E o uso de borrifação de inseticidas no combate ao mesmo, só é eficaz no caso de surtos ou epidemias, pois ela não mata os ovos, apenas os mosquitos adultos. E para matar os mosquitos é preciso acabar também com os ovos. Caso contrário, outros mosquitos nascerão.
As condições ideais para o mosquito procriar e agir são: temperatura que o mosquito gosta é de 26 a 28 graus. Qualquer temperatura inferior a 18 graus o torna inoperante. Com 42 graus, ele morre.


Vale também ressaltar que a pessoa infectada pode transmitir o vírus para o mosquito.Isso pode ocorrer em um intervalo de seis dias:um dia antes de começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias de sintomas. Depois disso, a pessoa não infecta mais o mosquito.


Pronto!Enfim, chegou ao fim nosso conjunto de informações sobre a dengue, e seu protagonista principal: Aedes. Acho que não foi muito engraçado este trocadilho, né?Maaaaas... Espero que tenha valido à pena.


Agora, com certeza, depois de tanta informação, você não vai deixar de fazer sua parte e contribuir no combate ao nosso “pequeno grande” inimigo Aedes, né?Aprendemos sempre, desde crianças, que devemos amar e perdoar nossos inimigos, mas neste caso, a história é bem diferente.Trata-se de um mosquito que embora aparentemente inofensivo, é capaz de causar grandes danos, sendo portanto necessário conscientização, e sobretudo, ações por parte de todos nós para que a meta de eliminação da dengue seja realmente alcançada.
Assim sendo, vá correndo tampar a caixa de água que você deixou aberta!Aproveite e tire também aquela água que você deixou acumulada no pratinho da sua planta. Ah!E jogue fora também aquele pneu velho, sem nenhuma utilidade que há anos entulha seu quintal! São atitudes simples como essas que viabilizarão a prevenção à doença.


Curiosidades sobre o mosquito:
O mosquito infectado pode picar e mesmo assim não transmitir a doença.Cerca de 20% a 50% das pessoas não desenvolvem a doença.
Algumas pessoas são picadas, mas não ficam doentes devido às características do sistema imunológico de cada um.
A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos, não costuma picar à noite.
São hábitos do mosquito ficar onde o homem estiver, e preferir picá-lo a qualquer outra espécie e também gosta de água acumulada para colocar seus ovos.
O mosquito se reproduz mais rápido no calor. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se reproduz com maior velocidade. Isto explica o aumento de casos de dengue no verão.
Somente as fêmeas do Aedes aegypti picam.Isso acontece depois do acasalamento porque necessitam do sangue que contem proteínas necessárias para que os ovos se desenvolvam.
A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.
Um mosquito coloca durante sua vida até 450ovos. Descobriu-se também que existe a transmissão transovariana, ou seja, que a fêmea, se estiver contaminada, inocula o vírus nos ovos e os mosquitos já nascem com ele. Isso multiplica as chances de propagação.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ato médico!




O projeto de lei 703/06, que define as atividades privativas de médicos, estabelecendo
uma hierarquia entre a medicina e as demais profissões, foi aprovado pelo plenário nesta quarta feira (21).
Conhecido como Ato Médico,o projeto provoca uma invasão nas demais profissões da área de saúde, determinando uma hegemonia aos médicos no trato com a saúde. O projeto ainda define a preponderância do médico na chefia e liderança das equipes de saúde, colocando assim o saber médico acima das outras profissões.
A equipe de saúde tem o médico como um dos profissionais parceiros, assim como os fisioterapeutas, nutricionistas, nós da enfermagem, entre outros profissionais que deveriam ter a mesma valorização quanto a sua profissão, e não hierarquizar o médico colocando-o como profissionais superiores sobre todas as outras.

Doze das quatorze profissões da área da saúde se posicionaram contra o ato médico, promovendo campanhas e divulgando as conseqüências desse retrocesso, mostrando assim a indignação diante a injustiça de ter sua profissão desvalorizada, perdendo o q haviam conquistado ao longo dos anos sem o devido reconhecimento.

Procedimentos invasivos

É óbviu, e nem necessitava ser citado que indicação e execução de cirurgias, bloqueios anestésicos e anestesia geral seja um procedimento médico, porém foi citado na emenda, assim como a
privação da realização de procedimentos invasivos sejam da pele (produtos quimicos e abrasivos), tecido abaixo da pele (drenagem, enxerto ou sucção), assim
como orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos (passagem de sonda vesical, por exemplo).

Procedimentos estéticos como tatuagem e acupuntura também terão que ter "prescrição médica".

"Esse é um momento histórico porque estamos regulamentando uma das mais antigas profissões, cuja prática, no Brasil, está no nível das melhores medicinas internacionais", afirmou o deputado Eleuses Paiva (DEM-SP)

Um momento histórico onde um "absolutismo" foi criado desvalorizando as demais profissões, desqualificando-as pelo simples fato de não serem tão antigas quanto a nossa grande idosa medicina.

Outras profissões

O substitutivo define como não privativos de médicos os diagnósticos realizados por outros profissionais, tais como os diagnósticos: psicológico, nutricional, de avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e psicomotora. Pelo menos isso né!


Competências resguardadas

As competências específicas de algumas profissões regulamentadas são resguardadas. Incluem-se nesse caso as de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia.


Injeções

Atividades mais simples, normalmente feitas por outros profissionais ligados ao setor da saúde, são explicitamente citadas como não privativas de médico.

Entre elas podem ser citadas: aplicação de injeções subcutâneas, intramusculares ou intravenosas; coleta de material biológico para análise laboratorial; realização de exames citopatológicos (análise de amostras de células) e seus laudos; e realização de cateterismo sem cirurgias (no esôfago ou no nariz, por exemplo). Será necessária, entretanto, a indicação médica para o procedimento. Também está excluído das ações privativas de médicos o atendimento à pessoa sob risco de morte iminente.


Administração e ensino


O PL 7703/06 torna privativos de médicos outros trabalhos, como a direção e a chefia de serviços médicos; a perícia e a auditoria médicas e a coordenação e supervisão vinculadas, de forma imediata e direta, às atividades privativas da carreira.

Na área de ensino, as disciplinas especificamente médicas são garantidas a esses profissionais, assim como a coordenação dos cursos de graduação, dos programas de residência médica e dos cursos de pós-graduação específicos para médicos.

Está de fora, entretanto, da condição de privativa a direção administrativa de serviços de saúde.









quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Síncope, desmaio


Chamado científicamente de síncope, o desmaio é um sintoma que pode significar doenças graves ou mesmo uma condição de transtorno conversivo ( histeria). Pode ser descrito como uma abrupta perda de consciencia, associado com a perda do tônus muscular, com recuperação rápida.

É de grande importancia diferenciarmos a síncope verdadeira das simulações, que não são síncopes reais porém o paciente muitas vezes realizam estas simulações de forma inconsciente, acreditando realmente que desmaiou.

Várias situações podem ser confundidas com síncope, como exemplos temos o AVE, parada cardíaca e epilepsia. Assuntos estes que darei ênfase em breve.

A sincope tem várias causas, sendo as principais a estimulação vasovagal e causas cardíacas, sendo que alguns casos não tem um diagnóstico definitivo.

A estimulação do nervo vago pode acarretar uma grande desaceleração do coração e uma queda de pressão arterial súbita, diminuindo a quantidade de sangue e consequentemente o oxigênio do cérebro. É um tipo de desmaio que ocorre principalmente em jovens e normalmente é precedido de suor frio, palidez e escurecimento da visão. Pode ser induzido por dor intensa, calor, medo, descompressão da bexiga entre outras causas. Em alguns pacientes o estímulo desencadeador pode ser simples como urinar ou tossir.

A manobra vagal pode ser utilizada como procedimento médico. Algumas arritmias com taquicardia, podem ser controladas com estímulo repetido no seio carotídeo, através da massagem na região lateral do pescoço.

A hipotensão postural, ou seja, a queda da pressão quando mudamos de posição bruscamente, pode ser tão grande em alguns casos que chega a causar desmaio. Ocorre geralmente em pessoas desidratadas, que tomam diuréticos, diabéticos, idosos, pessoas em uso de antihipertensivos e consumo de álcool.

As arritmias cardíacas são causas comuns de síncope. Com o bombear ineficiente de um coração arrítmico, ocorre a má oxigenação cerebral e consequentemente o desmaio. Na síncope causada por arritmias, normalmente o paciente perde a consciencia sem apresentar sintomas prévios, apresentando no máximo um quadro de palpitação antes do desmaio, o que dificulta um diagnóstico de arritmia.

O que fazer?

Quando uma pessoa apresenta os sintomas que anunciam uma síncope, deve deitar-se, preferencialmente com os membros inferiores elevados a um nível superior ao da cabeça, ou sentar-se e inclinar a cabeça para baixo, entre os joelho, promovendo assim um maior fluxo sanguineo no encéfalo, promovendo maior oxigenação.

Caso a pessoa tenha perdido a consciencia, é preciso colocá-la e mantê-la na posição horizontal com os membros elevados, observando seu pulso e respiração (em caso de parada cardiorespiratória, inicia-se RCP imediatamente).

É importante também desapertar as roupas, em especial ao nível do pescoço, e evitar a glomeração de curiosos à volta do paciente e, caso esteja em um local fechado, é conveniente abrir as portas e janelas para proporcionar um local arejado.