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sábado, 8 de junho de 2013

ALEITAMENTO MATERNO

Essa semana, no grupo de gestantes onde trabalho, falamos sobre o aleitamento materno. É uma estratégia importantíssima onde as futuras mamães podem tirar suas dúvidas, que por mais simples que pareça para nós Enfermeiros e profissionais da área de saúde, pode fazer toda a diferença entre a mãe amamentar ou não, caso a dúvida não seja solucionada. Dividirei em tópicos algumas dúvidas:

1- "Meu leite é fraco": NÃO existe leite fraco. Ele pode variar de coloração sendo o de uma pessoa mais grosso, o de outra mais ralo, mas ele contém todos os nutrientes necessários para garantir a nutrição do seu bebê, de preferencia exclusivamente até os seis meses de idade, pelo menos. Não é necessário complementá-lo com água, chás, sucos, frutas entre outras alimentações. 

2- "Tenho muito leite, posso doar?": você pode doar sim, desde que esteja saudável, não tenha nenhuma doença transmissível, não esteja fazendo tratamento com quimioterápicos. É só procurar um banco de leite de sua cidade. Em algumas, a busca é feita em domicilio. 

3- "Meus seios irão cair se eu amamentar por muito tempo?": A flacidez das mamas podem vir a acontecer, mas não vai "cair" da forma que pensam . rs

4- "Meus seios irão ferir?": O mamilo fere quando a pega não é adequada. Se a criança estiver na posição correta, que é com o corpo virado para o da mãe, abocanhando a aréola toda com o lábio inferior voltado para fora com as bochechinhas arredondadas...será pouco provável que venha a ferir...

Amamentar é um ato de amor! É o momento em que a criança sente protegida e querida pela mãe. Além disso tem muitas vantagens: é de graça (leite infantil é caro pra caraaaaaaaamba!), o útero da mãe retorna ao tamanho normal mais rápido, ajuda na perda de peso além de ser método contraceptivo natural (enquanto o nenê se alimentar por mais de 85% de leite materno).

Enfim, são só vantagens!


Amamente seu filho.

Bjos

p.s: vale lembrar que o aleitamento não é recomendado em casos de mães portadoras de doenças transmíssíveis como o HIV. Nestes casos terão que secar o leite.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

CAMPANHA CONTRA POLIOMIELITE

Acontece no próximo sábado o dia D da vacinação contra Poliomielite em todo país. O Ministério da Saúde, junto com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas, realiza, no período de 08 a 21 de junho, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2013. Todas as crianças de seis meses a cinco anos de idade devem se vacinar. A meta é vacinar 95% das crianças em Minas Gerais e é muito importante que os pais levem o cartão de vacina das crianças.

Esta é a 34º Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o 24º ano sem a doença no país, estando livre do poliovírus desde 1990. Dessa forma, o objetivo da Campanha é manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva por meio da disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, tendo como meta a vacinação de crianças entre 6 meses e menores de cinco anos de idade.

Restrições da gotinha

As restrições às gotinhas contra a poliomelite ficam para as crianças que estiverem com infecções agudas, febre acima de 38 ºC, vômito, alergia a algum componente da vacina, como a estreptomicina e eritromicina, já apresentaram reação anormal às gotinhas ou crianças com deficiência imunológica em tratamento com imunossupressores. A orientação, nesses casos, é consultar o pediatra da criança sobre a conduta mais adequada. FICA RESTRITO TAMBÉM a crianças que convivm com imunossuprimidos.

A doença
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.

O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição. No Brasil, a doença está erradicada desde 1989.
FONTE: Estado de Minas.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

OMG!!! PASSAMOS DOS 90 000

Eu abandonei o blog! Abandonei porque não estava vendo sentido em continuar postando, sai do facebook e de todas redes sociais, queria me livrar da internet. Resolvi sair da tela do PC e ir mexer o corpo em uma academia. Como uma coisa leva a outra resolvi fazer uma dieta também (visto que engordei 10 kg depois que sai da casa dos meus pais ¬¬)...Aiiiiiiiiii resolvi montar um blog sobre dieta (voltando pra net rs...)... Assim que fui montar apareceu uma mensagem falando que haviam msgs para serem moderadas neste blog. Quando eu vi a quantidade de agradecimentos... me emocionei! Caramba, ajudei muita gente com pouco tempo. OBRIGADA A TODOS OS COMENTÁRIOS!!! Prometo tentar responder todos. O que mais me deixou de queixo caído foram as quantidades de acessos. Nada Mais, nada menos que 90 608 visualizações. É muita gente!!! Não posso deixar tanta gente assim na mão! Então, fica firmado ,desde já que,uma vez por semana, pelo menos, eu postarei alguma matéria sobre saúde.

UM MEGA BEIJO A TODOS!
e Obrigada pelo carinho ;)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Empregada!

Olá pessoal! andei sumida, eu sei! Mas foi por um motivo nobre..rs CONSEGUI O EMPREGO PERFEITO que citei ali na descrição há algum tempo atrás. Agora sim!!! Passei no concurso da PBH e estou trabalhando no Centro de Saúde Cícero Idelfonso, que aliás, é sobre ele que eu vim falar.
Vocês podem me seguir tanto por aqui quanto pelo link ai de baixo, que está novinho em folha!!! Aproveitem porque muita coisa boa estará presente neste blog.
http://ciceroidelfonsopsf.blogspot.com.br/













um Abração!!!

p.s: GALERA, SÃO MAIS DE 55 MIL VISUALIZAÇÕES DO CUIDARTE!!!! Fiquei surpresa ao ver!!! brigada a todos ^^

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O SUS e a Bioética no Hospital


O Sistema Único de Saúde  ( SUS) vem sendo operacionalizado e  implantado no Brasil, perante um processo organizado, norteado por alguns princípios, ora doutrinários, ora organizativos. As mudanças políticas e sociais que ocorreram, e ainda ocorrem na saúde de toda a população brasileira é um bom parâmetro para indicar como este processo é árduo e constante.

A Constituição Federal de 1988 foi o primeiro passo para mudança no cenário da saúde nacional, onde o curativismo deixou de ser o principal foco das políticas públicas. O artigo 196 da Constituição demonstra o surgimento dos preceitos da Bioética no ambiente nacional, estabelecendo que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, desenvolvendo-se assim a Lei orgânica do SUS,  dispondo-se sobre a promoção, proteção e recuperação da saúde, com os princípios de Universalidade, Integralidade e Equidade. 
De acordo com a Bioética, a saúde é um conjunto de fatores, e não somente a ausência de doenças e, é por este motivo que promover, proteger e recuperar a saúde torna-se cada vez mais difícil, principalmente no ambiente hospitalar, que traz consigo um cenário repleto de regras e condutas a se seguir, tanto para o profissional como para os clientes, mesmo porque, esta instituição está organizada no modelo de recuperação da saúde, colocando em segundo plano as outras práticas de prevenção de doenças e promoção da saúde.
Trabalhar com a universalidade, integralidade e equidade, no ambiente hospitalar pode parecer simples, mas quando nos deparamos com os verdadeiros princípios do que é saúde e como trazer todos os direitos dos usuários e profissionais para esta ótica, encontramos algumas facetas que não são fáceis de superar. O que dizer da universalidade, princípio que garante a assistência a todos os indivíduos. No meio hospitalar é visto como uma universalização não integral, mais sim segmentado, diferente do constitucional, pois está organizado para responder às demandas que lhe serão ofertadas, trazendo um direcionamento aos tratamentos que mais fornecem ações; acarretando mais rentabilidade e menos investimento para a instituição.
A universalidade é um princípio muito amplo e pode ser ofendido por pequenos atos impensado, principalmente no ambiente hospitalar, haja vista a dinâmica desta atmosfera. Quando se impede um usuário de acompanhar o seu familiar durante o processo de internação, somente pelo fato de não ter idade suficiente, estamos ferindo este princípio, porque, como a saúde é muito mais que a ausência de doenças, ao cecearmos este familiar do convívio com o seu ente, estamos gerando uma agressão à saúde do paciente e do acompanhante, que tem direito a assistência também,  garantida através da universalidade.
Outro ponto importante a se  referir no principio da universalidade é quanto a entrada dos clientes neste setor, que só serão atendidos caso seja indicado por outro órgão regulador, ferindo-se assim este princípio. Por esta razão, de alocação da demanda e outros fatores que dificultam à entrada do usuário no sistema de prestação de cuidados a saúde, sendo um obstáculo à garantia deste direito constitucional, vem se consolidando como parte de um sistema suplementar, os Planos de Saúde, exercitados por operadoras privadas, sob a regulação da Agencia Nacional de Saúde.
Na visão da integralidade, vê-se outro princípio de grande relevância para o ambiente hospitalar, que é pautado na ótica de uma assistência completa e individualizada. A integralidade da assistência é barrada no ponto em que se questiona: qual é a total assistência do serviço prestado? Nesta  visão, pensando também no cuidado específico que é fornecido no hospital, como a recuperação de uma crise de  asma, controle de uma hipertensão severa ou  um cirurgia eletiva, deparamos com uma integralidade descontínua, onde tratamos muitas vezes da doença e nos esquecemos do paciente, que necessita de um tratamento de saúde mais amplo, visando outros problemas, que para ele, podem ser muito mais importante do que o fenecer de uma moléstia.
A integralidade da assistência hospitalar deve ser vista além dos muros que cercam o hospital. A preparação para alta, algo muito falado, mas pouco trabalhado pelos profissionais, devido a outros fatores que não somente a falta de tempo, mas sim, muitas vezes pelo impasse das normas e condutas que colocam os profissionais sobre rotinas gessadas, sem a abertura para uma conversa informal ou uma orientação aos familiares, que também participam do processo saúde doença, deste indivíduo internado.
Outro foco da integralidade que é lesado na ótica de profissional para profissional e ainda é muito falho no ambiente hospitalar, é a referência e contra referência. Ferramenta importantíssima para continuidade da assistência tanto no hospital como fora dele. Podemos observar que, é pouco utilizado, seccionando a assistência hospitalar e comprometendo a integralidade do cuidado a saúde do paciente.
O desafio de gerar uma assistência de atenção a todos os indivíduos de uma população, de forma integral, cobrindo todos os problemas de saúde das diversas árias e dos mais variados motivos, é barrado no recurso financeiro, material e profissional. Para isso encontra-se o princípio da equidade, que é: “dar mais recurso para quem necessite de mais”. 
No hospital, este princípio é muito trabalhado. Diferente do que se pensa o ambiente é muito fértil para  a colocação deste princípio. Quando disponibilizamos mais horas de atenção a um indivíduo que está mais grave ou necessite de mais assistência, estamos fazendo a equidade funcionar. Outro exemplo é o CTI em relação a clinica de internação. Na clinica, trabalhamos com menos recurso tecnológicos e por este motivo, menos gastos, sendo assim, estamos provendo mais recursos para os pacientes do CTI do que da clinica de internação. Mas até que ponto isso é justo?
Para sanar este questionamento e prover uma maior fiscalização e controle das práticas de saúde dentro do SUS, surge o princípio da participação da comunidade que é nomeada de Controle Social.  A participação da comunidade aponta claramente para a formulação de um mecanismo de democratização do setor público de saúde, com repercussão direta no setor conveniado, contratado e no mercado de trabalho, forçando-os a trabalharem de acordo com as normas da sociedade.
Na atmosfera hospitalar, o controle social não é trabalhado, haja vista que o hospital é controlado por um gestor, que fiscaliza  e gerencia toda a atividade laboral desta unidade. Num olhar mais amplo, o controle social se faz presente, pois para trabalhar com SUS as unidades tem que estar em consonância aos seus preceitos, que são ditados pela comunidade.                 
Levando-se em consideração os aspectos mencionados e o cenário da saúde hospitalar, não é difícil de concluir que falta muito para se fazer no SUS e o que já esta sendo realizado necessita de reformas. A prática hospitalar é dinâmica e sofre constantes mudanças, por este motivo que devemos estar atentos as falhas, quebrando as facetas e paradigmas pautados somente no curativismo, pois o hospital também é lugar de se trabalhar a promoção  da saúde, trazendo práticas que agregam a saúde como um sistema mais amplo e não somente a ausência de doença. E que estas doenças não sejam apenas patologias, mas sim agravos a saúde de um núcleo familiar, que empenha prioridades e deveres com seus entes, necessitando de atenção e assistência.   
Alisson Mateus Freitas dos Reis, 2011.